Os óleos essenciais são considerados a "alma" da planta e são os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas aromáticas e medicinais. Podem ser incorporados no seu dia-a-dia, trazendo vários benefícios para sua saúde física, mental e emocional. Nossos óleos essenciais são produzidos de plantas cultivadas de forma orgânica e somente destiladas por arraste a vapor, a forma mais natural e tradicional de destilação, sem o uso de agrotóxicos, aditivos ou solventes no processo de cultivo e extração. Os óleos essenciais são portanto puros, não diluídos e sem químicas sintéticas.
Óleos essenciais (OE) são extraídos de plantas através da técnica
de arraste a vapor, na grande maioria das vezes, e também pela
prensagem do pericarpo de frutos cítricos, que no Brasil dominam o
mercado de exportação. São compostos principalmente de mono e
sesquiterpenos e de fenilpropanoides, metabólitos que conferem suas
características organolépticas.
Flores, folhas, cascas, rizomas e frutos são matérias-primas
para sua produção, a exemplo dos óleos essenciais de rosas, eucalipto,
canela, gengibre e laranja, respectivamente.
Possuem grande
aplicação na perfumaria, cosmética, alimentos e como coadjuvantes
em medicamentos. São empregados principalmente como aromas,
fragrâncias, fixadores de fragrâncias, em composições farmacêuticas
e orais e comercializados na sua forma bruta ou beneficiada, fornecendo
substâncias purificadas como o limoneno, citral, citronelal,
eugenol, mentol e safrol. Há inúmeros conglomerados internacionais que negociam óleos
essenciais, os mais importantes empregando-os como matéria-prima
para a produção de aromas e fragrâncias.
Neste artigo, os OE serão
focalizados como produto principal e desvinculados das grandes áreas
da perfumaria, cosméticos e aromas para alimentos.
Há 300 OE de importância comercial no mundo.O Brasil tem lugar de destaque na produção de OE, ao lado da
Índia, China e Indonésia, que são considerados os 4 grandes produtores
mundiais. A posição do Brasil deve-se aos OE de cítricos,
que são subprodutos da indústria de sucos. No passado, o país teve
destaque como exportador de OE de pau-rosa, sassafrás e menta. Nos
dois últimos casos, passou à condição de importador.
As frutas cítricas são as mais cultivadas no mundo, sendo a laranja
a principal delas. A produção de laranjas e a industrialização do suco
estão concentradas em quatro países, sendo o Brasil o primeiro deles,
respondendo por um terço da produção mundial da fruta e quase 50%
do suco fabricado. Aproximadamente 70% é processado e 30% vai
para o consumo interno.
O OE de laranja, extraído do pericarpo do fruto, é um subproduto
da indústria do suco. Derivados de OE de laranja são usados
em perfumaria, sabonetes e na área farmacêutica em geral, além de
materiais de limpeza, em balas e bebidas. O rendimento máximo de
extração de óleos cítricos é de 0,4%, ou seja, para cada tonelada de
fruta processada são obtidos 4 kg de óleo.
O Brasil é o único fornecedor de OE de pau-rosa no mundo. Da
espécie Aniba roseaodora var amazonica Ducke extrai-se o óleo da
madeira por arraste a vapor, rico em linalol.28 A história deste óleo
confunde-se com a exploração indiscriminada das espécies florestais
da Amazônia. Foi o primeiro OE extraído em larga escala e exportado
pelo Brasil. Sua exploração começou em 1925, inicialmente no Pará e
depois no Amazonas. Em 1927, a produção nacional atingiu 200 t, não
havendo mercado para absorver o volume produzido.
Estes óleos são classificados em 3 grupos de acordo com sua
aplicação, que são para fins industriais, perfumaria ou medicinal.
Em torno de 600 espécies de eucalipto já foram descritas, das quais
20 são citadas para uso comercial. Todas as espécies de eucalipto
são ricas em compostos monoterpênicos, sendo as espécies com fins
medicinais ricas em cineol (mínimo de 70%), enquanto aquelas de
aplicação industrial destacam-se pelo teor de felandreno e piperitona
e as de uso na perfumaria são ricas em citronelal, citral ou acetato de
geranila.
Vetiver (Vetiveria zizanioides (L.) Nash), citronela (Cymbopogon
winterianus Jowitt) e capim-limão (Cymbopogon citratus (DC ex
Nees) Stapf), todos pertencentes à família Poaceae, já eram cultivados
no país nos anos 50.Os óleos essenciais de vetiver, citronela e capim-limão apresentaram
balança comercial deficitária no período de 2005 a 2008. Há uma
movimentação importante para o aumento do cultivo destas espécies
no país, mas ainda sem reflexos no quadro de exportação.
Embora sejam registradas movimentações de diferentes tipos de óleo
de menta no sistema ALICE-Web, a mais significativa em volume e valor
está associada ao OE de Mentha arvensis (menta japonesa).21 Esta cultura
foi introduzida no Brasil por imigrantes japoneses e se estabeleceu em São
Paulo e no Paraná, ainda nos anos 30.49 Com a Segunda Guerra Mundial
e a interrupção no fornecimento de mentol da Ásia, parte da demanda
passou a ser suprida pelo Brasil.
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Óleos essenciais no Brasil: aspectos gerais, desenvolvimento e perspectivas
Humberto R. Bizzo
Embrapa Agroindústria de Alimentos, 23020-470 Rio de Janeiro - RJ, Brasil
Ana Maria C. Hovell e Claudia M. Rezende*
Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 21945-970 Rio de Janeiro - RJ, Brasil
Recebido em 15/1/09; aceito em 16/3/09; publicado na web em 2/4/09